terça-feira, 5 de abril de 2011

Sucessão na Vale

A sucessão na Vale é o tema mais recorrente nas notícias econômicas atuais. Mas a questão a ser respondida é se esta mudança impactará ou não o desempenho e a estratégia atual da empresa.

Ontem, através de um informe ao mercado, a Vale indicou o nome Murilo Ferreira, executivo que já havia atuado em diversos cargos dentro da empresa até a sua saída em 2008, quando era presidente da Vale Inco.

O nome de Ferreira surgiu de uma lista tríplice, e principalmente por ser um profissional que conhece o negócio e as estratégias da empresa, somado a um bom relacionamento com a Presidente Dilma, ao contrário do desgastado Roger Agnelli.

A primeira situação a ser analisada é a participação da Vale na Hidrelétrica de Belo Monte, no lugar da Bertin. A partir deste evento, poderemos prever outros posicionamentos da empresa com um viés mais estatizado.

O ingresso no consórcio de Belo Monte nos parece um tanto arriscado, dado o exemplo do que ocorre na construção das usinas do Rio Madeira. Mas temos que nos aprofundar melhor no assunto.

Esse pode ser um bom indicativo na mudança de rumo. A concentração dos investimentos da empresa no Brasil a despeito de uma rentabilidade maior nos investimentos no exterior.

Com esse gancho, podemos antever uma diminuição na rentabilidade dos negócios da Vale, para atender aos interesses do país. 

A pergunta de 1 milhão é: qual será o impacto dessas decisões nos números futuros da empresa.
Somente avaliando o plano de investimentos a ser apresentado pela Vale é que poderemos  precisar esse impacto. 

Hoje, a companhia continua com uma rentabilidade altíssima, e deve permanecer assim por algum tempo.

Por João Paulo Reis

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